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sábado, 10 de julho de 2010

A batalha de Paris (Nuit Noir, 17octobre1961)

Há quem diga que a França é um dos melhores lugares para se viver. País desenvovido, educado, com boa distribuição de renda, lugares maravilhosos, bons filmes. Os "únicos" a declararem publicamente e abertamente sua aversão aos franceses foram os EUA (se não me engano vice-e-versa).
Imaginem 20 mil pessoas destituídas de sua dignidade, de sua condição  de humanos. 20 mil argelinos sem armas sendo torturados, xingados, e alguns mortos. 20 mil mulçumanos considerados vermes, pátridas, inimigos sanguinolentos. Sem armas. Nada além da voz e de seus punhos contra tiros e cassetetes. Não, não estou falando de nenhuma guerra étnica na África. Falo de Paris. A alguns dias do tratado de paz com a Argélia sobre o Saara e sua independência. Ia ser o fim da guerra mas o tratado ainda se arrastou até o ano seguinte.
De Gaulle foi um bom presidente e a polícia francesa foi um ótimo instrumento xenofóbico a favor da ordem institucional. Gestapo, KGB, Doi-Coi, Mossab, PM do Rio. Todas iguais. Não importa o grau de educação, as polícias ainda não aprenderam a policiar sem reprimir com punhos de ferro.
O ser humano não gosta dos seus e adora um bairrismo. SEU lugar, SUA rua, SEU país, SUA identidade. Ninguém mais é da mesma espécie. Hoje em dia somos tão rotulados que não há mais espaço pra ser humano.
A ignorância pode vir de várias maneiras e em vários lugares. Até na bela Paris.



mais informações sobre o filme:
http://rebellyon.info/article4282.html
http://www.cinefrance.com.br/atualidades/cinema/?filme=945&d

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